sábado, 12 de março de 2011

O meu novo de novo

Na verdade, até eu me canso de ouvir meu choramingar pelo amor, mas é difícil não falar sobre isso quando sinto dentro do meu peito bater a coisa que os apaixonados sentem. Sei que sou um tipo de apaixonado bem clichê. Daqueles que sentem o amor sozinho. Eu amo só. Na verdade eu relembro meu amor. Eu puxo do meu intimo esse sentimento, que parece esquecido, apagado, mas que está ali, fervendo dentro da minha alma. E é por isso que eu tanto me escondo. É sim, é por isso tudo que eu me esquivo das palavras mais certas pra dizer. Tenho o medo dos que amam de dizer a verdade e ficar perdida.

Mas sinto. Não me nego a sentir tudo isso quando encosto a cabeça no travesseiro. Ah! Meus sonhos, eles são quase realidade. Eu lembro bem como é tocar um cacho de cabelo, eu lembro bem como é ver um sorriso de lábios finos. Parece que para o amor o tempo não passa. Ele faz questão de parar pra mim. Até meu colchão ajuda. Ele ainda tem tua forma e exatamente do teu lado. Eu ainda lembro com veracidade o beijo, o cheiro.

Mau trato. Meu desejo é esquecer, mas lembrar, também me faz tão feliz. Será que essa felicidade é porque eu realmente quero, ou só porque já perdi? Saudade de amor é a coisa mais louca que Deus criou no mundo. Aperta no peito, mas aperta que tira o folego na vida real. Me faz perder o gosto, a concentração. Sonhar e acordar lembrando as coisas que couberam no passado por vezes me faz tão bem!

Dores ou sonhos? Sei lá, tanto faz agora. Eu só preciso lembrar, lembrar de como era tua voz, teu jeito. Lembrar de como eu conseguia naquele tempo te roubar sorrisos que hoje não consigo mais. Preciso também descobrir como esquecer para viver outras lembranças. Eu não quero uma vida de um amor só. Quero descobrir o mundo por olhos que não são meus. E você, nesse momento, me impede de construir o que eu desejei.

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